quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Dica de um não chef - Restaurante Brooklin


Algumas semanas atrás eu estive com a minha namorada no restaurante Brooklin em São Paulo e vou deixar aqui a minha primeira crítica gastronômica de um não chef. O restaurante está localizado em uma travessa um pouco escura da Avenida Morumbi, em uma construção que se parece mesmo com um daqueles prédios residenciais de Nova York.
Ao chegar lá, fomos muito bem recebidos por um simpático manobrista que nos conduziu até um mini-saguão fechado por uma cortina preta...suspense.
Entrando, o ambiente foi uma grata surpresa: bonito, iluminado, com decoração discreta e dois andares em estilo loft - de forma que se pode ver as pessoas no segundo andar. No andar de baixo, um bar logo na entrada, no de cima, um belo piano de cauda.
Mesmo sendo um não chef admirador de boa gastronomia, fui até lá devido a uma crítica dizendo que os preços não eram tão convidativos, mas o restaurante tinha um quê a mais. Este algo a mais faz com que o jantar seja também um divertido e completo programa com música, teatro e jantar. Os garçons-cantores (como são chamados, embora eu não tenha visto eles carregarem um copo sequer....rs) fazem interpretações musicais da Broadway a cada 30 minutos, com clássicos como All that Jazz (Chicago), Summer Nights (Grease), A Heart Full of Love (Les Miserables) e muitas outras.
Mas como uma pessoa como eu não vive só de música e ambiente bonito, estava muito ansioso para ver o que o chef tinha a me oferecer. O couvert foi servido rápido e estava gostoso, mas não valia o preço (R$8,00 por pessoa) e era composto por: cesta de pães, torradinhas, manteiga e um patê com pimenta rosa, esse último bem gostoso.
Para beber optamos por uma garrafa de vinho em uma carta limitada e onde o vinho mais barato, e escolhido por nós, foi o Miolo Seleção (cerca de R$45,00). Uma ótima relação custo benefício para o meu limitado conhecimento como enólogo. Depois de algumas taças e apresentações dos "garçons cantores" partimos para a entrada:
Vieiras marinadas com uvas verdes, algas e brotos de coentro, servidas com um molho de limão e leite de côco.....FANTÁSTICO !!! Foi a mais grata surpresa da noite. Surpresa mesmo, pois ao ler a descrição do prato, nos olhamos quase rindo, mas ainda acreditando no poder do chef. Funcionou muito bem e sem dúvida eu recomendo. Depois de nos fartarmos com a pequena porção (pequena mesmo , além de ser o tipo de prato que você não quer que acabe) fomos para o que mais me interessava...o prato principal !!! Eu escolhi uma costeleta de cordeiro servida com um cuscuz de legumes e a Laura foi de Coelho com nem lembro o quê. Logo, dá pra imaginar que não foi nenhum espetáculo...Ou que as vieiras ofuscaram o prato principal.
Além do preço salgado dos pratos, (em média R$55,00) os sabores e temperos não se destacaram. Em resumo: eu diria que vale o passeio para conhecer o lugar, ver os shows e comer a entrada de vieiras.
Dica do não chef: Depois do couvert e de alguma entrada a sua escolha, um prato é suficiente para compartilhar e sair satisfeito.
Pontos fortes: O charme do lugar e os shows.
Pontos fracos: O preço muito salgado para uma comida sem sal. O couvert artístico (R$22.00 por pessoa) sai pelo mesmo preço de ótimas peças de teatro o
Gasto médio para um casal com 1 garrafa de vinho nacional: R$200,00

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Receitas de um não chef para outro não chef - Ceviche de Saint Peter




Este post é para compartilhar algumas receitas, experiências na cozinha e principalmente as reações dos corajosos que provaram das nossas tentantivas.

Ceviche de Saint Peter
Este é um prato originalmente do Peru e tem como princípio o cozimento do peixe (preferencialmente peixes brancos, firmes e não muito gordurosos) através de um suco ácido. Normalmente utiliza-se o limão mas nada nos impede de utilizar suco de Laranja, Abacaxi, etc...o importante é que seja ácido!
Um certo dia estava em pleno trânsito de São Paulo escutando a rádio CBN e uma repórter que fala de gastronomia entrevistou um chef que passou uma receita de Ceviche e esta me pareceu bem gostosa porém meio sem graça. Como eu nunca havia preparado um Ceviche fiquei bem animado quando o chef disse que qualquer um poderia preparar um bom Ceviche sem grandes chances de erro e não deu outra, tentei a receita dando os meus toques pessoais nos temperos e foi um sucesso absoluto entre meus amigos e minha namorada que compartilharam esta deliciosa mistura de sabores.
Estávamos no Guarujá onde, por incrível que pareça, é difícil encontrar bons peixes após o fechamento das barracas que ficam no Perequê e daí surgiu a primeira mudança na receita: O peixe que o chefe recomendava era o Namorado, mas na falta deste fui até o mercado e encontrei belos filés de Saint Peter. Vale dizer que o preço não era muito convidativo, mas a vontade de testar a receita e comer este prato a beira da piscina valeria cada real!!!
Agora vamos ao que interessa, a receita do não chef !!!

Para cada duas pessoas serão necessários:
300 gramas de filés de Saint Peter (pode ser substituído por outro peixe branco, firme e não muito gorduroso como o Namorado ou Prego).
2 Limões
1/2 Cebola (comum ou roxa)
1 Pedaço pequeno de gengibre (aproximadamente 5 cm)
10 Folhas de Salsa lisa (pode-se usar Coentro mas vai do gosto de cada um...eu pessoalmente acho o Coentro muito forte e por isso uso Salsa lisa)
5 gotas de Tabasco
1 colher de chá de açucar
1 colher de sopa de vinagre
Sal a gosto
Pimenta do Reino a gosto

Modo de preparo:
Corte a cebola em meias rodelas bem finas e deixe de molho por uns 10 minutos em uma vasilha com um pouco de agua (o suficiente para cobrir as cebolas), o vinagre e o açúcar. Mexa durante alguns segundos após juntar todos os ingredientes para que o açúcar não fique depositado no fundo da vasilha.
Pegue os filés de Saint Peter, corte em cubinhos de aproximadamente 1cm e coloque em uma outra vasilha (ou o que os chefs chamam de Bowl...).
Rale o gengibre em um ralador bem fino para que seja extraída somente a polpa e as fibras fiquem de fora da receita. Junte o gengibre ao peixe.
Esprema os limões sobre o peixe (cuidado para não deixar nenhum caroço cair na tigela!!!).
Pique bem as folhas de Salsa e junte ao peixe também.
Tempere o peixe com sal e pimenta a gosto, adicione a Tabasco (se gostar mais picante adicione mais gotas e se gostar mais suave menos gotas...lembre-se de que a Tabasco é uma pimenta de sabor bem acentuado!) Caso não tenha Tabasco adicione algumas gotas de qualquer outra pimenta.
Escorra o líquido da cebola e adicione ao peixe.
Misture tudo muito bem e bom apetite !!!

Dica do não chef: Sirva em uma taça de Martini (caso tenha na sua casa) ou faça como eu que não tenho uma taça dessas em casa e coloque tudo dentro de uma xícara ou uma vasilha oval pequena, pressione um pouquinho e depois desenforme em um prato (igual fazemos com bolos) para que fique com um visual bonito. Decore com duas folhas de Salsa.

Acompanhamentos: O Ceviche tem um sabor muito delicado e por isso sugiro que seja servido com torradas tradicionais, nada de optar por aquelas de alho, parmesão, etc...

Custo estimado do prato para 2 pessoas: R$ 15,00

Tempo de preparo: 15 minutos


terça-feira, 27 de outubro de 2009

Um Sonho que Acabou de Começar

Bom, antes de mais nada o mais importante é me apresentar...
Meu nome é Rodrigo Cavalheiro, nasci em 24/03/1979 e sou um apaixonado por culinária (gastronomia para os mais experientes...rs) de corpo, alma, mente e tudo mais que for possível !!!
Meu objetivo com este blog é compartilhar experiências, receitas, dicas, pessoas, sentimentos e tudo mais que envolva duas artes essencias na minha vida...cozinhar e comer !!!
O nome subjetivo deste blog eu dedico a minha mulher amada, minha família e meus amigos que sabem que a minha felicidade está diretamente ligada ao prazer de cozinhar para eles e sentar a mesa e compartilhar os melhores momentos de nossa vida com um bom papo, boa companhia e, é claro, uma boa comida.